Como é que nós passamos de ávidos desejosos de mudanças em nossa adolescência a seres que por vezes tem tanto medo de mudanças quando chegam a idade adulta ou talvez outras mais avançadas? O engraçado é que percebendo com calma o coração do jovem, do adulto e do idoso não mudam tanto assim, quase sempre os mesmos sonhos e desejos continuam enterrados lá dentro. A diferença é que quando jovem você tem sua vida inteira pela frente, talvez até a aceitação social de que esta é a sua fase de errar (mesmo que não lhe digam isso abertamente e lhe encham de cobrancas) mas quando adulto a cada passo de desejo pelas mudanças e pelo tornar o mundo um lugar melhor de se viver também há o receio de se perder aqueles resultados das conquistas tão duramente conseguidos em anos de batalha e esforço continuo. Então as pessoas passam a ficar mais pensativas, menos ávidas a agir, por vezes até temerosas. Os insucessos por vezes vão se tornando cicatrizes desencorajando as pessoas de agirem, de certa forma enrijecendo os tendões e as articulações.
O que não podemos é esquecer que foi justamente através de nossos erros e de nossos insucessos que conseguimos chegar ao patamar que estamos agora. E se antes, com menos experiência, com menos conhecimento e menos reconhecimento conseguimos com todos os erros chegarmos onde estamos hoje então com novos erros poderemos ir mais longe desde que não tenhamos medo de tentar. Quem age pensando em não errar se esconde das inovações e transformações só seguindo receitas prontas e se fecha para a vida e para o progresso, mas quem age sempre pensando no desejo de acertar sem dúvida errará mais do que o outro, mas sem dúvida acertará mais e portanto irá mãos longe. Ainda ontem vi uma imagem em um site que demonstra bem essa ideia
